Empresa dos EUA Suspeitam de Militares Chineses em Ataques Hackers

PEQUIM e SÃO FRANCISCO – Uma misteriosa unidade militar chinesa foi apontada por uma empresa de segurança dos EUA como suspeita de cometer uma série de ataques digitais.
A China rejeitou a acusação e disse que na verdade é o governo chinês que sofre ataques de hackers americanos.
A empresa, chamada Mandiant, identificou a Unidade 61398 do Exército, sediada em Xangai, como a origem mais provável de ataques contra vários setores econômicos.
A natureza do trabalho da ‘Unidade 61398′ é considerada pela China como um segredo de Estado. No entanto, acreditamos que ela se envolve em prejudiciais ‘operações em redes informatizadas’ disse a Mandiant em um relatório divulgado na segunda-feira nos EUA. É hora de admitir que a ameaça está se originando na China, e queríamos fazer nossa parte para armar e preparar profissionais de segurança para combater essa ameaça efetivamente.
A chancelaria chinesa disse que o governo se opõe firmemente à atividade dos hackers, e pôs em dúvida os indícios citados no relatório.
Ataques informáticos são transnacionais e anônimos. Determinar suas origens é extremamente difícil. Não sabemos como os indícios nesse dito relatório podem ser sustentáveis disse o porta-voz Hong Lei. Críticas arbitrárias baseadas em dados rudimentares são irresponsáveis, antiprofissionais e não são úteis para resolver a questão.
Hong citou um estudo chinês segundo o qual os EUA são responsáveis por ataques a computadores na China.
Dos supracitados ataques na internet, os ataques originários nos Estados Unidos estão em primeiro lugar. O Ministério da Defesa da China não respondeu de imediato a perguntas por fax sobre o relatório.
A Unidade 61398 fica no bairro de Pudong, polo bancário e financeiro da China, e lá trabalham talvez milhares de pessoas fluentes em inglês, além de programadores e operadores de redes digitais, segundo o relatório da Mandiant.
A unidade, segundo o texto, se apropriou de “centenas de terabytes de pelo menos 141 organizações espalhadas por um conjunto diverso de setores econômico, já a partir de 2006”. A maioria das vítimas estava nos EUA, com números menores no Canadá e Grã-Bretanha. A informação subtraída incluía detalhes sobre fusões e aquisições e emails de funcionários graduados, segundo a empresa
Fonte: http://oglobo.globo.com/tecnologia/empresa-dos-eua-suspeita-de-militares-chineses-em-ataques-hackers-7615860
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