Nova onda de cyber ataques assusta usuários de redes sociais

Elas estão cada vez mais visadas pelos “cyber criminosos”. Depois de links maliciosos, sites clonados e muitos e-mails falsos, agora os bandidos virtuais vêem nas redes sociais uma grande oportunidade de disseminar, facilmente, seus ataques.
Fábio Assolini, analista de malware da Kaspersky, explica o motivo do novo alvo: “As redes sociais são uma porta de entrada para mais ataques. Os cyber criminosos gostam de usar os perfis para disseminar conteúdo malicioso, justamente, porque é onde há muitos usuários. Ali, você tem muitas potenciais vítimas”, diz. Geralmente, a primeira ação desses criminosos é roubar a senha dos usuários. A partir daí, eles utilizam o perfil da vítima para espalhar sua ação. Assim, é mais fácil, uma vez que os amigos daquela pessoa tendem a confiar em uma publicação feita por ela. Mas, isso significa que, agora, vamos ter que desconfiar de tudo que publicam nas redes sociais? Infelizmente, é mais ou menos isso…
Fábio diz que, basicamente, o usuário precisa ter uma proteção anti-vírus. Mas, ele fala que vai muito além disso: “Mais importante que o anti-vírus, é que ele precisa, sempre, desconfiar do que recebe através de redes sociais, mesmo que sejam mensagens vindas de contatos conhecidos”. O analista diz que chamam isso de “crise do clique compulsivo”. “Não podemos sair clicando em qualquer coisa, sem antes fazermos uma análise”, explica. Há pouco mais de 2 semanas, o Facebook foi surpreendido por uma onda de mensagens com conteúdo violento, que envolvia até pornografia infantil. Esses conteúdos apareceram nas atualizações dos usuários. A equipe de segurança do Facebook investiga o caso e não descarta a possibilidade de hackers terem descoberto senhas para controlar algumas contas.
Uma das principais características das redes sociais é o compartilhamento de conteúdo de outros sites. Assim, não é possível responsabilizar a rede social pela disseminação de mensagens como estas, ainda que seu conteúdo infrinja leis com imagens de pornografia infantil.
Juliana Abrusio é advogada de direito eletrônico da empresa Opice Blum e explica que isso é o chamado princípio de neutralidade da rede, ou seja, os intermediários não podem ser punidos. Salvo se eles tiverem conhecimento e não tomarem uma atitude para cessar aquela atitude ilícita. Serviços como o Facebook ou outras redes sociais, ou de hospedagem de blogs, possuem canais específicos para denúncias de abusos como este, feito recentemente pelo que preferimos chamar de “cyber anarquistas”. A cooperação dos usuários é essencial para que esse tipo de ataque seja combatido e os conteúdos impróprios sejam rapidamente removidos: “Sempre que um usuário de qualquer rede social ver um conteúdo abusivo, ele deve reportar isso. Assim, ele estará cooperando para que tudo seja removido do ar o mais rápido possível”, diz Fábio.
Fica o alerta! Fique esperto com relação aos conteúdos publicados nas redes sociais. Se você quiser saber como proteger você e sua família no mundo digital e principalmente nas redes sociais, acesse os links que estão junto dessa matéria. Em um deles, você encontra uma cartilha que dá dicas valiosas sobre a segurança online e sobre práticas para o uso seguro da web – iniciativa da OAB SP e do Mackenzie com apoio do Olhar Digital. Uma outra matéria te ajuda a proteger sua família nas redes sociais. Acesse, se informe e se mantenha protegido!
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